Atividade ajuda participantes a manterem as práticas físicas em casa e estimula a interação social em meio virtual

 

Da Secretaria de Comunicação da UnB

 

30jul2020 AulaZoomGEPAFI Reproducao

Projeto de extensão estimula idosos a terem uma vida mais ativa durante o isolamento social. Foto: Divulgação

 

Paradas há dois meses por conta da pandemia, 82 pessoas que frequentavam as atividades do projeto de extensão de Exercícios Físicos para Idosos do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Física para Idosos (Gepafi/UnB) voltaram às aulas em maio, graças a uma adaptação na oferta. O grupo, que se reunia há 23 anos no Centro Olímpico e promovia semanalmente práticas de musculação e circuito de equilíbrio, agora realiza aulas de ginástica on-line via Zoom, uma plataforma de videoconferência.

 

Inicialmente, foi marcada uma reunião virtual para fazerem um primeiro contato. “Percebemos que o fato de se verem no vídeo fez com que eles ficassem muito excitados e resolvemos experimentar as aulas pela internet”, conta a professora da Faculdade de Educação Física (FEF/UnB) Marisete Safons, que coordena as aulas junto a outros pesquisadores do grupo. Apesar da idade, a tecnologia não foi empecilho para os idosos praticarem as atividades físicas e a maioria faz as aulas usando o celular durante esse período de isolamento social.

 

Depois que as atividades foram adaptadas, o grupo faz os exercícios funcionais com o peso do próprio corpo e com o que o aluno tiver em casa, como saco de arroz ou de feijão, cadeiras e outros objetos. “Nosso foco é na manutenção da força muscular”, explica Marisete.

 

O grupo assistido pelo Gepafi é formado por homens e mulheres, com idades entre 60 e 93 anos. A maior parte dos alunos, que se reunia na UnB presencialmente, segue fazendo as aulas on-line. Alguns tiveram dificuldades em lidar com o celular, mas aprenderam a baixar e a utilizar o Zoom com a ajuda dos professores e de um tutorial preparado pela equipe do projeto.

 

Além dos alunos do grupo, o Gepafi permitiu que pessoas de fora fossem convidadas para participar. Com isso, foram agregados alunos de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. Segundo Marisete, embora não seja possível acompanhar os alunos de perto, os professores conseguem corrigi-los nos exercícios mesmo a distância. Os integrantes do Gepafi também enviam, com frequência, avaliações para os alunos fazerem sobre as aulas. “Eles amam as aulas e adoram os professores”, conta a coordenadora da iniciativa.

 

EXPERIÊNCIAS POSITIVAS – Rita de Cássia Barbosa faz as aulas há mais de dez anos e é uma entusiasta da atividade física, que pratica desde jovem. A aluna relata que, logo que começou a pandemia, recebia alguns exercícios pelo celular e praticava em casa, além de realizar caminhadas em sua quadra.

 

"Quando o Gepafi voltou com as aulas virtuais, achei uma maravilha, e faz toda a diferença praticar as atividades. Terminando as aulas, eu continuo fazendo minha caminhada na quadra. Arrumei um cantinho só para fazer as atividades físicas, e ainda tem a parte de equilíbrio, para a qual recebemos áudios e vídeos”, compartilha.

 

Nelson Takayanagi, 76, faz parte do grupo há cinco anos e também dá aulas de aikidô. Ele diz que tem gostado das atividades físicas on-line proporcionadas pelo Gepafi. “Eles têm se aprimorado cada vez mais. Os exercícios físicos são muito importantes para a saúde e trazem tranquilidade, além da gente se relacionar [com outras pessoas]."

 

As aulas de exercícios funcionais do Gepafi acontecem às segundas e quartas, das 8h30 às 9h15. Além de realizar as atividades físicas, o grupo não deixa de se divertir: já promoveu um café da manhã e até se reuniu para encontro com queijos e vinhos e a apresentação de uma cantora, tudo on-line. “Eles estavam muito isolados e alguns têm fortes vínculos com o grupo", comenta a professora Marisete Safons. Interessados em participar podem contatar o grupo pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..