Pesquisadores da FEF descobrem que medicamento para ansiedade prejudica sistema cardiovascular de jovens
Pesquisadores do Laboratório de Fisiologia Integrativa (NeuroV̇ASQ̇) da Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade de Brasília (UnB) descobriram que o medicamento para ansiedade Diazepam aumenta a variabilidade da pressão arterial em adultos jovens. A descoberta foi publicada em formato de artigo no periódico norte-americano American Journal of Physiology-Regulatory, Integrative and Comparative Physiology, e selecionada como publicação destaque do mês de junho pela American Physiological Society.
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Segundo os pesquisadores, a variabilidade da pressão arterial aumentada, uma medida feita a cada batimento cardíaco, está fortemente associada com diferentes doenças cardiovasculares e lesão de órgãos-alvo (coração, cérebro, rins e vasos sanguíneos). O achado que o Diazepam aumentou a variabilidade da pressão arterial batimento-a-batimento pode potencialmente revelar um novo efeito colateral dos benzodiazepínicos. “Os benzodiazepínicos são os medicamentos prescritos com maior frequência para os distúrbios de ansiedade. Entretanto, o uso prolongado e seus efeitos colaterais se tornaram um problema de saúde pública”, observa o professor da FEF e coordenador do NeuroV̇ASQ̇, Lauro Vianna.
O artigo, intitulado Potentiation of GABAergic synaptic transmission by diazepam acutely increases resting beat-to-beat blood pressure variability in young adults, é assinado pelos cientistas André Teixeira, egresso do PPGEF-UnB que liderou a pesquisa, Massimo Nardone, Milena Samora, Igor Fernandes, Plinio Ramos, Jeann Sabino-Carvalho, Djalma Ricardo, Philip Millar, além de Vianna. Clique aqui para lê-lo na íntegra.
NeuroV̇ASQ̇
O Laboratório de Fisiologia Integrativa (NeuroV̇ASQ̇), localizado no subsolo do prédio da FEF, investiga os mecanismos de controle cardio e cerebrovascular em repouso e durante o exercício em humanos saudáveis, bem como em pacientes com diversas condições patofisiológicas, com ênfase específica sobre os determinantes hemodinâmicos da pressão arterial e seu controle via barorreflexo e o reflexo pressor do exercício.