Por Jonatas Maia da Costa*

 

O Dia do Esporte é comemorado anualmente em 19 de fevereiro. Instituída pela Lei Zico (Lei nº 8.672/93), a data tem o objetivo de incentivar, conscientizar e homenagear a prática do esporte em geral. A Lei Pelé (Lei nº 9.615/98) revogou a Lei Zico e, com ela, a efeméride. Mas se por um lado a data não comparece mais nos registros da lei, por outro ela permaneceu na memória dos apaixonados pelo esporte. E vale dizer que a UnB está cheia destes apaixonados... Estudantes, servidores técnico-administrativos, professores e professoras apaixonados pelo esporte e que viveram estes últimos dois anos de tempos de pandemia sem a presença dele na vida comunitária universitária. Portanto, o fito destas breves palavras é o de aproveitar a data como mote para destacar o ressurgimento do esporte universitário em nossa querida UnB.

 

Vale antes destacar que tal paixão não é obra do acaso. É antes de tudo histórica. A vocação vanguardista da UnB se revela também no tema do Esporte Universitário. Quando este ano comemoramos os 60 anos do sonho de Darcy realizado, é bom sublinhar e deixar registrado que a vida comunitária em torno da prática esportiva acompanhou o desenvolvimento da própria instituição. O Centro Olímpico comemorou seu jubileu no ano passado e nestes 50 anos foi palco de muitas competições nacionais e espaço privilegiado da boa convivência universitária. Nossa própria atual reitora, professora Márcia Abrahão, sempre que pode conta com orgulho as passagens pelas quadras do Centro Olímpico quando foi atleta de voleibol da UnB. A excelência acadêmica de nossa universidade também se expressa nos resultados esportivos conquistados. A UnB se tornou referência no esporte universitário, sempre protagonista nas competições do DF e sempre ocupando lugar de destaque nas competições nacionais. Não é a toa que a UnB coleciona troféus eficiência conferidos pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) e que toma como parâmetro para tal premiação os resultados esportivos obtidos nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Além disso, a Prática Desportiva (PDs) é disciplina consagrada na UnB e compõe o currículo suplementar dos estudantes oportunizando a vivência da prática do esporte numa perspectiva de lazer e de promoção da saúde.

 

A pandemia vivida nestes últimos dois anos praticamente inviabilizou a pauta do Esporte Universitário na UnB. A necessária exigência do isolamento social e o conjunto de regramento em torno da biossegurança trouxeram inúmeros desafios à prática do esporte. Evidentemente que diante de um cenário como aquele em que vivemos – no auge na pandemia – tais medidas baseadas em evidências científicas foram fundamentais para salvar vidas. E mesmo os apaixonados pelo esporte souberam compreender e se somar à resistência contra aqueles que teimam seguir em direção ao negacionismo. Por exemplo, a UnB foi firme na decisão de não participar do último JUBs, realizado em meados de outubro do ano passado nesta capital e em meio à pandemia, quando apenas pouco mais de 10% da população brasileira estava imunizada. E todos estes apaixonados pelo esporte compreenderam tal decisão.

 

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*Jonatas Maia da Costa é doutor em Educação (UnB), professor da Faculdade de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UnB; membro do Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer – Avante e diretor da Diretoria de Esporte e Atividades Comunitária (Deac).